(Resultado do Concurso) - A sua imagem

Acredito que 100% das pessoas não estão felizes com o corpo, com o cabelo, com as unhas ou com todo o conjunto. Digo isso porque a insatisfação é inerente ao ser humano – já que no dia em que acharmos que estamos perfeitos e conquistamos tudo em nossas vidas, viver perderá o sentido. No entanto, algumas pessoas têm sérios problemas de autoaceitação: são pessoas que não se olham no espelho, se acham muito feias. E sentindo-se assim, sentem-se também um lixo como seres humanos. Ou será o contrário?

Dias de altos e baixos

Todos nós temos dias em que não queremos encarar o espelho, colocamos a primeira roupa e saímos de casa rezando para voltar rápido. Temos também dias em que queremos nos mostrar ao mundo: passamos horas testando roupas, penteados e maquiagens. Isso porque há dias em que estamos mais felizes e empolgados que outros. Traduzindo: há dias em que não estamos bem com nós mesmos, com a autoestima baixa, e refletimos isso na aparência.

Por experiência própria digo que não é fácil manter o nível da autoestima sempre no alto, isso é uma luta diária e constante. Uma psicóloga que conheço sempre me dizia: dá pra ver que uma pessoa não está bem só de olhar como ela está vestida e cuidada – daí conclui-se que o exterior reflete o interior. E aí volto para a pergunta: ou será o contrário?

Acho que, na realidade, essa é uma via de mão dupla: se não estamos bem e nos forçamos a nos arrumar um pouco, a cuidar de nós mesmos, nem que seja penteando o cabelo ou passando um simples batom, o humor muda. E se colocamos uma roupa ou fazemos uma maquiagem que não nos valoriza, acontece o mesmo. E quando uma amiga quer colocar a outra para cima e a incentiva a ir ao cabeleireiro ou a se maquiar? É mais ou menos como um riso ou um bocejo: a beleza é contagiante. Mas não falo da beleza das revistas, da beleza das modelos de TV. Falo, sim, da beleza de ser o que se é.

E eu acho que minha voz não ecoa sozinha essa opinião: empresas de moda e beleza já observaram que o importante é valorizar o potencial de cada um, estimular as pessoas a se sentirem bem com sua carga genética – sem descuidar dos cuidados com a saúde. Campanhas de produtos, como o sabonete Dove, retratam essa tendência.

A piada é velha. O problema, mais atual do que nunca.

Para finalizar: como a maioria das coisas da vida, aprender a amar a si mesmo leva tempo. Precisamos nos comprometer a nos aceitar como somos e cuidar da nossa saúde física e mental. E, principalmente, reconhecer que o conceito de beleza que circula na nossa sociedade não é absoluto. É possível ser feliz sem buscar desenfradamente um corpo que está na TV. Não é possivel se amar completa e totalmente, todos os dias da sua vida, mas é possível levar os dias com mais otimismo e bom-humor. É um exercício diário. E nos momentos em que tudo parecer cinza, que tal passar o batom que mais gosta? Quando menos esperar estará em paz por dentro e refletirá uma bela imagem no espelho: a sua.

PS: o texto segue as novas regras ortográficas, por isso autoestima está sem hífen.

Esse foi o texto elaborado por Natália Prado, vencedora do Concurso "Colaboradora Oficial" que teve como tema Autoestima e Beleza. A candidata seguiu todas as regras: o arquivo continha 1 página (texto + imagens), o texto estava formatado em letra Arial 12 e o mais importante: não fugiu tema, ou seja, deveria ser redigido um texto sobre autoestima e beleza e não apenas sobre autoestima ou sobre beleza, separadamente.  

Dessa forma, Natália Prado (autora do blog Inteligência Fashion) é a nova Colaboradora do "A Química da Beleza" e, dentro de alguns dias terá, além de seu perfil na coluna direita do blog, alguns dias previamente selecionados para postagem no blog. Gostaria de parabenizá-la pelo ótimo texto e por fazer parte da equipe! Seja muito bem-vinda e que nosso trabalho renda muitos frutos!

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